AMADEU ESCÓRCIO
Galeria Espaço Artever
de 07 de Junho a 07 de Julho de 2008
Galeria Espaço Artever
de 07 de Junho a 07 de Julho de 2008
Quando nos deparamos com a obra de outros autores reagimos de forma emotiva. Ou agrada ou desagrada. E quando desagrada das duas uma: ou é falsa ou é provocatória. Quando é falsa sente-se que não passa de replicação do que outros já, antes, fizeram ou a inabilidade de quem o faz. Quando provoca sentimos necessidade de a, entender.
Foi assim que aconteceu ao olhar o trabalho de Amadeu Escórcio. Os seus desenhos agrediam pela crueza e, de certo modo, pela pureza do seu traçado. Provocavam.
Foi assim que aconteceu ao olhar o trabalho de Amadeu Escórcio. Os seus desenhos agrediam pela crueza e, de certo modo, pela pureza do seu traçado. Provocavam.
Com o convívio que fomos tendo, ao longo dos anos, permitiu-nos, deixar de olhar, e passar a ver a obra.
O aparente distanciamento daquilo que faz, a prática desinibida, o humor duro, a subtileza da cor, mesmo, na sua ausência, a sinceridade sem rodeios e a simplificação de argumentos está no seu trabalho. Pouco importa se ele é narrativo, ilustrativo ou conceptual, se é recatado ou erótico, se, se encontram referências a autores como Matisse, Modigliani ou Braque ou ainda à BD ou à fotografia a preto e branco, sente-se, antes, que o autor se libertou de todo esse quadro de referência para criar um modo próprio de dizer. Dizemos de dizer por nos parecer que aquilo que é fundamental não é o apelo às sensações mas antes o apelo ao sentido.
Costuma dizer-se que o autor é o prolongamento da sua obra. Que a sua obra é a sua imagem. No caso de Amadeu Escórcio podemos, dizer, ainda, que a sua obra é o expressar do sentir o sentido.
Amadora, Maio de 2008O aparente distanciamento daquilo que faz, a prática desinibida, o humor duro, a subtileza da cor, mesmo, na sua ausência, a sinceridade sem rodeios e a simplificação de argumentos está no seu trabalho. Pouco importa se ele é narrativo, ilustrativo ou conceptual, se é recatado ou erótico, se, se encontram referências a autores como Matisse, Modigliani ou Braque ou ainda à BD ou à fotografia a preto e branco, sente-se, antes, que o autor se libertou de todo esse quadro de referência para criar um modo próprio de dizer. Dizemos de dizer por nos parecer que aquilo que é fundamental não é o apelo às sensações mas antes o apelo ao sentido.
Costuma dizer-se que o autor é o prolongamento da sua obra. Que a sua obra é a sua imagem. No caso de Amadeu Escórcio podemos, dizer, ainda, que a sua obra é o expressar do sentir o sentido.
José Mourão